UMA CAUSA, UMA BANDEIRA, UMA LUTA.

Um pequeno resumo da história do Instituto de Engenharia de Mato Grosso-IEM em prol da ligação ferroviária de São Paulo a Cuiabá-MT.Na década de 1980 o projeto de eminente Senador Vicente Vuolo da ligação ferroviária entre São Paulo e Cuiabá, encontrava-se tão esquecido pelos políticos tanto do Estado de Mato Grosso como os de Brasília, assim como o Governo Federal, que para os Cuiabanos já não mais acreditava no “Trem do Vuolo”.Como Presidente na época do Instituto de Engenharia de Mato Grosso e sua Diretoria, atendendo os anseios e desejos da população Cuiabana e da classe dos Engenheiros, abraçamos essa causa, e convocou-se para um debate no dia 15/07/1987 na sede do Instituto de Engenharia em seu auditório, para discutir a retomada da luta da ferrovia.Diversas autoridades políticas e de variados segmentos da sociedade se fizeram presentes, onde foi apresentado o projeto da ferrovia pelo Senador Vicente Vuolo, seguido da palestra com o Engº Civil Domingo Iglésias mostrando a viabilidade sócio econômica do projeto e uma análise sobre vários aspectos que cercam o setor de transportes do País e em especial para construção da ponte rodoferroviária sobre o rio Paraná, entre Santa Fé do Sul(SP) e Aparecida do Taboado e pelo prolongamento dos trilhos ferroviários até Cuiabá, discursaram ainda, o jornalista José Eduardo do Espírito Santo representando o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Mato Grosso, profundo conhecedor dos problemas da ferrovia, o Secretário Estadual de Transportes do Governo Carlos Bezerra Sr. Osmir Pontin, Deputado Federal Ubiratan Spinelli, Vereador Gomeraldo de Barros, Lenine de Campos Povoas, Deputado Estadual Antonio Amaral, Ex Deputado Federal Gilson de Barros e outros.Durante esse encontro ficou decidido pelos presentes que seria o próprio Instituto de Engenharia de Mato Grosso, através de seu presidente, Engº Civil Jorge Rachid Jaudy, quem comandaria todas as ações em favor da ligação ferroviária São Paulo – Cuiabá. Á partir desse debate começou a grande movimentação da sociedade e do Governo Estadual no Gov. Carlos Bezerra, onde alcançou os seguintes resultados:1.Carta de Manifesto de Cuiabá-Ligação ferroviária São Paulo – Cuiabá;2.Anuncio do Secretário Estadual de Transportes Osmir Pontin das obras de asfaltamento entre Alto Araguaia até Mato Grosso do Sul- MT 100;3.Reunião com o Governador Orestes Quercia-SP e vários políticos para tratar sobre a construção da ponte rodoferroviária sobre o Rio Paraná no dia 05/08/87 e a promessa do governo paulista em atuar junto ao Governo Federal para viabilização da ponte;4. Á partir dessa reunião com o Governador Orestes Quércia e o Governo Estadual assumindo o papel político a quem de direito lhe cabe, os trâmites para a realização do sonho da ferrovia não parou mais, houve adesão de vários políticos e governos sucessores até os dias atuais. Sendo assim, o papel do Instituto de Engenharia de Mato Grosso foi alcançado plenamente com muito sucesso, apenas esquecido pela história dessa tão importante iniciativa.Vale ressaltar, que o Instituto de Engenharia continua até hoje, participando de todos os eventos do qual é convidado sobre a ferrovia e de outros assuntos de engenharia do Estado de Mato Grosso, contribuindo com o Saber Técnico para o desenvolvimento da Engenharia Brasileira, foi o que aconteceu com o convite do Fórum Pró Ferrovia para participar da Audiência Pública sobre a implantação da ferrovia de Rondonópolis até Cuiabá no dia 09/10/2023 convocada e presidida brilhantemente pelo Deputado Estadual Júlio José de Campos(União Brasil).Nessa audiência o assunto principal foi a questão contratual com a empresa Rumo, que só foi possível através do incansável trabalho da Assembleia Legislativa de Mato Grosso e da excelente ideia do Governador Mauro Mendes de estadualizar a ferrovia, sendo a primeira ferrovia estadual do Brasil.O contrato da empresa Rumo com o Governo Estadual prevê a conclusão do trecho de Campo Verde a Cuiabá para o ano de 2025. Convocada para explicações sobre o cronograma, a mesma expressou não haver projeto executivo nem tão pouco solicitou o licenciamento ambiental e que serão feitos no ano de 2024.Outrossim, foi proposto pelo Deputado Wilson Santos, uma comissão para acompanhamento do referido contrato e execução da obra tendo em vista seu prazo.Esta ferrovia só está chegando, assim espero, em Cuiabá devido lá atrás em 1987, onde tudo recomeçou, o grande movimento realizado pelo Instituto de Engenharia de Mato Grosso em prol desta ferrovia, sem cor partidária e nem política, portanto, essa é uma Causa, uma Bandeira, uma Luta de 35 anos…Não é, nunca foi e nunca será uma politicagem!!!

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Pedro Luiz Tanus Soares

Parabéns pela Iniciativa, profissionais unidos fazem mais e melhor para o Mato Grosso e o Brasil.

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